O mundo ao avesso (7 - aceitar)
Viver um dia de cada vez, também significou saber aceitar.
Eu considero que é importante sabermos aceitar, por muito que custe, mas acreditem que quando aceitamos também tornamos o peso menor, passamos a viver menos angustiados.
Como já disse num post anterior, eu tenho uma filha, na altura tinha 9 anos e tive que decidir como ia lidar com ela, o que lhe ia dizer, até onde devia e o quê devia explicar.
Sempre formos muito próximas, e não queria que isso mudasse, por isso só tinha uma hipótese, ela tinha de saber, ela tinha de saber que após a primeira cirurgia não me ia puder abraçar com força.
Por isso decidi ir falando com ela aos poucos, fui-lhe explicando que tinha de fazer um exame e que depois disso não ia puder fazer esforços, e ela não me ia puder apertar, fomos falando e fui deixando sempre um espaço para que ela pudesse pensar e colocar as questões dela à vontade.
Afinal eu não queria explicar mais do que o necessário, não queria confundi-la, queria apenas não transformar o assunto, num assunto tabu.
Ela aceitou tudo muito bem, foi colocando as dúvidas dela e eu fui explicando.
Após cada cirurgia ela queria ver, e eu mostrava, afinal ela ia acabar por ver mais cedo ou mais tarde, e eu não queria andar a esconder algo que nunca escondi entre nós, o nosso corpo.
Aceitar significa também transformar o assunto, num assunto de família, num assunto que se fala sem medo.
Se eu estava pronta para a mastectomia?
Não! Ninguém está.
Porque ninguém consegue saber o que é antes de acontecer.
Mas eu só queria que chegasse rápido.
Eu considero que é importante sabermos aceitar, por muito que custe, mas acreditem que quando aceitamos também tornamos o peso menor, passamos a viver menos angustiados.
Como já disse num post anterior, eu tenho uma filha, na altura tinha 9 anos e tive que decidir como ia lidar com ela, o que lhe ia dizer, até onde devia e o quê devia explicar.
Sempre formos muito próximas, e não queria que isso mudasse, por isso só tinha uma hipótese, ela tinha de saber, ela tinha de saber que após a primeira cirurgia não me ia puder abraçar com força.
Por isso decidi ir falando com ela aos poucos, fui-lhe explicando que tinha de fazer um exame e que depois disso não ia puder fazer esforços, e ela não me ia puder apertar, fomos falando e fui deixando sempre um espaço para que ela pudesse pensar e colocar as questões dela à vontade.
Afinal eu não queria explicar mais do que o necessário, não queria confundi-la, queria apenas não transformar o assunto, num assunto tabu.
Ela aceitou tudo muito bem, foi colocando as dúvidas dela e eu fui explicando.
Após cada cirurgia ela queria ver, e eu mostrava, afinal ela ia acabar por ver mais cedo ou mais tarde, e eu não queria andar a esconder algo que nunca escondi entre nós, o nosso corpo.
Aceitar significa também transformar o assunto, num assunto de família, num assunto que se fala sem medo.
Se eu estava pronta para a mastectomia?
Não! Ninguém está.
Porque ninguém consegue saber o que é antes de acontecer.
Mas eu só queria que chegasse rápido.
Puxador algures por Praga
Photos by ♥ Dora Ramalho
Comentários
Beijinhos