Um dia triste
Hoje estou triste, hoje perdi um amigo, hoje desapareceu da nossa vista uma pessoa que me era muito querida, certo que desapareceu apenas das nossa vista, mas o espaço que deixa, deixa também ele um sentimento de vazio, de injustiça.
Cresci a ver te sorrir, viveste de forma simples, mas sempre rodeado de amigos, sempre pronto para brincar e para "judiar" com todos, ainda hoje quando estava a olhar para o teu caixão com o burburinho de fundo consegui abstrair-me e imaginei o som da tampa de um tacho a cair e a assustar aquela gente toda que ali estava para se despedir de ti, e sim tinhas sido tu a fazê-lo, tal como fizeste tantas vezes ao longo dos anos, só para assustar os mais distraídos numa qualquer patuscada com os amigos, daquelas patuscadas que tu tanto gostavas, onde não era preciso muito, bastava um qualquer petisco e uns copos para não secar a boca, daquelas patuscadas onde eu aprendi a apreciar os momentos passados com os amigos, apenas porque sim.
Eu sei que tu sabes, mas eu nunca te confessei que o roubo da garrafa do licor de cachaça, não foi somente responsabilidade minha, teve o dedo da tua Sofia, mas também quero que saibas que o mesmo licor ainda está no meu congelador, bem fresquinho e havemos de o beber, brindando a ti.
Obrigada pelos sorrisos e risos que me arrancaste, obrigada pela amizade que dedicaste ao meu pai e pela cumplicidade que partilharam ao longo dos anos.
Adeus grande. Porta-te bem!
... era assim que nos despedíamos sempre.
Cresci a ver te sorrir, viveste de forma simples, mas sempre rodeado de amigos, sempre pronto para brincar e para "judiar" com todos, ainda hoje quando estava a olhar para o teu caixão com o burburinho de fundo consegui abstrair-me e imaginei o som da tampa de um tacho a cair e a assustar aquela gente toda que ali estava para se despedir de ti, e sim tinhas sido tu a fazê-lo, tal como fizeste tantas vezes ao longo dos anos, só para assustar os mais distraídos numa qualquer patuscada com os amigos, daquelas patuscadas que tu tanto gostavas, onde não era preciso muito, bastava um qualquer petisco e uns copos para não secar a boca, daquelas patuscadas onde eu aprendi a apreciar os momentos passados com os amigos, apenas porque sim.
Eu sei que tu sabes, mas eu nunca te confessei que o roubo da garrafa do licor de cachaça, não foi somente responsabilidade minha, teve o dedo da tua Sofia, mas também quero que saibas que o mesmo licor ainda está no meu congelador, bem fresquinho e havemos de o beber, brindando a ti.
Obrigada pelos sorrisos e risos que me arrancaste, obrigada pela amizade que dedicaste ao meu pai e pela cumplicidade que partilharam ao longo dos anos.
Adeus grande. Porta-te bem!
... era assim que nos despedíamos sempre.
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